quinta-feira, 2 de junho de 2011

A criança de hoje no adulto de amanhã!

Lembro do dia que soube que estava grávida. Lembro da felicidade estranha que senti. Sim, estranha porque não aceitei logo de primeira uma gravidez na minha vida. Nada foi planejado. Nada foi estudado. Nada foi conversado.
Quando estava com uns 5 meses na situação grávida da vida, fui admitir uma pequena ponta de felicidade. Ainda contava meio envergonhada que estava grávida. Acho que a ficha demorou demais pra cair pra mim não porque eu não desejasse uma criança na minha vida ou porque estava revoltada. Era simplesmente pelo fato do “Vou ser boa mãe???”, “Vou dar conta???” e “Meu Deus, já sou adulta mesmo. Estou casada e vou ser mãe!”. Confesso que esse último foi o que mais me pesou nas costas.

Ficava pensando em como iria ser minha vida a partir daquele momento que todo mundo dizia ser mágico sendo que nem da minha casa eu dava conta. E realmente, o momento é mágico. Assim que escutei o choro do Pedro quando ele foi tirado de dentro de mim, não contive as lágrimas e elas escorriam de dentro de mim para o mundo gritando “Estou feliz! Sou mãe!”.

Mas depois que passou todo aquele charmoso período da maternidade e a depressão pós-parto [vou sempre falar disso porque foi algo que me atormentou demais!] + o desespero de como lidar com alguém que cabe em uma caixa de sapato; fui acostumando com a rotina e ficava admirando aquele ser que me mostrava a cada dia a responsabilidade que tive durante a gravidez. E se a coluna dele não tivesse fechado??? E se ele nascesse cego??? E se ele tivesse algum problema de má formação??? A gente se sente responsável até por coisas que não dependem da gente.

A verdade é que nada disso importaria pois iria amar do mesmo jeito e cada vez mais porque o mais mágico da maternidade é perceber que você tem a oportunidade de formar uma pessoa dentro de você. Uma pessoa com sentimentos, uma pessoa de verdade, alguém que pisca, que espirra, que sorri, que chora, que sente fome, que gargalha, que descobre o mundo a sua volta.

O que quero dizer é que um dia, o Pedro será adulto. E não mais um ser que cabe numa caixa de sapatos. E isso tudo começou dentro de mim. E tem continuidade com o amor e com a dedicação de todos que estão ao seu redor.


Um comentário:

Brena Braz disse...

Tadinhooooooo, fiquei com dó da parte "cabe numa caixa de sapato". Rsrsrs