segunda-feira, 13 de junho de 2011

Feliz Aniversário!

Não, não é aniversário do blog. Não tem nenhum mês!
O aniversário é todo meu. Hoje estou fazendo um ano. Um ano de vida de mãe. E posso dizer que o que vivi até há um ano atrás, ficarão guardados em uma caixa de lembranças porque agora comecei a viver realmente.

Agora sei o que é sentir alegria, e morrer de felicidade com qualquer gesto inesperado.
Agora sei o que é aproveitar um sábado e um domingo inteirinho já que não acordo mais ao meio-dia nesses dias há um ano.
Agora sei cozinhar pelo menos alguns legumes para fazer papinha.
Agora sei trocar fralda, escolher uma roupa e fazer mala maior que a minha. É, você tem que pensar em tu-do!
Agora sei ficar desprovida de qualquer vaidade excessiva para poder deixar aquele que engatinha o mais charmoso possível.
Agora sei que o “deixar para amanha” ou “deixar para daqui a pouco” pode ser tarde demais.
Agora sei que ter alguém que dependa de você é uma responsabilidade do tamanho do infinito.
Aprendi a ser ridícula sem me preocupar com o lugar e com as pessoas; pois acabamos cantando musiquinhas [mesmo sendo totalmente desafinada!] e a fazer caretas e a conversar com alguém que não responde ainda, mas que capta tudo e entende qualquer gesto bobo seu.
...
Enfim, poderia ficar aqui um mês listando tudo que aprendi e ainda assim não será tudo. Porque agora sou uma adulta. Ou criança-adulta.
 
Há um ano, exatamente nesse horário [16:20 hs], estava a caminho da maternidade achando que chegaria lá e as enfermeiras me mandariam voltar pra casa porque tinha feito xixi na calça. Não poderia ser xixi senão estaria desidratada, era minha bolsa estourando... mas esse papo de bolsa estourar, cesaria, parto normal ou natural não é muito atrativo para todo mundo. Nem todo mundo gosta de saber e conversar essas coisas. Percebi que somente mães entre si é que acabam conversando sobre isso. E ainda assim, mães que tiveram filhos há pouco tempo.

Ainda lembro de tudo. E com certeza ficará na minha memória por um bom tempo. Mais ou menos até eu morrer. Foi em um domingo. Mas lembro inclusive do sábado a noite. E, se eu fosse contar aqui nesse post tudo o que aconteceu, no domingo 13/06/2010, teria que começar lá em meados de 2009. E aí, não conseguiria terminar porque sempre que vou contar do dia do nascimento do Pedro, me emociono demais. Como estou escrevendo, cairia no choro e no meu momento Clarice Lispector extremamente nostálgica e é um dia de comemoração. Para todos. Um nascimento, uma luz. Na minha vida. NA minha família e PARA a minha família. Nós merecemos.

Portanto, Pedro, quero deixar aqui registrado um OBRIGADA por ter me feito nascer. Foi um ano agitado, um ano de adaptações. Obrigada por ter sido paciente comigo e por ter tanto carinho.

Você me deu a vida e deixou claro [muito bem claro] que existem anjos e que tudo vale a pena.

Te amo muito mais do que você imagina e muito mais do que eu mesma saberia que seria possível amar alguém!


P.S.: foi a 'melhor' foto que eu achei de exatamente 365 dias atras. O Lê [em estado de êxtase], o pacotinho quase imperceptivel de touquinha, eu [chorona como sempre - meu nariz até entupiu!] e o meu ginecologista-obstetra mega antecioso e que trabalhou perfeitamente para que eu pudesse desfrutar desta vida de mãe! -> como o parto foi transmitido pela internet para a familia [claro que a camera só mostrava a minha cabeça], alguem tirou foto da tela do micro. Fofo, né???

Um comentário:

APPedrosa disse...

Meus olhos se encheram d´agua. Domingo faço três anos de mãe. Sempre me pergunto onde meu coração arrumou espaço para amar tanto e cada vez mais. Muita luz no caminho do Pedro e no seu.